Anderson Xavier
Na era da informação, dizem os otimistas que o “futuro” já são os dias atuais. “O futuro é hoje!”. Com o processo de globalização e dos meios de informação, qualquer pessoa que tenha um mínimo de instrução pode procurar em bibliotecas e até mesmo na internet respostas para muitas doenças que as afligem.
Através das pesquisas, procuram entender o funcionamento dessas doenças e seus principais tratamentos. O que principalmente a internet não deixa muito claro é que, para se fazer um diagnóstico (verificar se uma pessoa está com uma determinada doença), é necessário muito estudo na área e especialidade no assunto.
Na área de saúde mental não é diferente. Muitas pessoas encontram facilmente matérias e artigos científicos na internet que especificam detalhadamente os transtornos mentais. Isso pode levar o indivíduo a conclusões precipitadas sobre determinados transtornos, induzindo a não buscar ajuda profissional agravando ainda mais o problema.
Em nossos atendimentos psicológicos on-line e presenciais recebemos muitas pessoas dizendo que estão com depressão ou outro determinado transtorno mental por ter lido um artigo ou porque alguma pessoa disse que a mesma está com o determinado problema. É muito comum elas fazerem o seu próprio diagnóstico e em alguns casos dizerem até que tipo de tratamento julga ser mais adequado para o seu quadro psicológico. Estamos na era da informação, não é mesmo?
Só que, em grande parte dos casos, as pessoas não estão somente com a depressão. Ela apresenta outro transtorno psicológico primário mais importante que está gerando como conseqüência secundária a depressão. A depressão pode estar presente em outros distúrbios psicológicos como o pânico, ansiedade, fobias etc.
Tratamentos da depressão
Atualmente os tratamentos mais utilizados por profissionais especializados são o psicoterápico (tratamento através de palavras entre paciente e terapeuta) e o farmacológico (remédios).
Terapia Cognitivo-Comportamental
A terapia cognitivo-comportamental está sendo muito recomendada para o tratamento da depressão. Esse modelo de psicoterapia tem como um de seus objetivos focar o autocontrole dos seus pacientes e o treinamento de habilidades sociais. Trabalha também com monitoramento e controle de pensamentos automáticos negativos e com testagens de pensamentos entre outros procedimentos. As técnicas e modelos de tratamento são personalizados para cada quadro clínico.
Remédios
Os medicamentos conhecidos como antidepressivos são muito utilizados por médicos no tratamento da depressão. São muito eficazes em seus quadros agudos.
Os novos medicamentos estão, hoje, trazendo menos efeitos colaterais para os pacientes e uma reação mais rápida no organismo das pessoas.
Os pacientes que fazem uso de medicamentos no tratamento da depressão precisam ser acompanhados por um médico especializado (ex.: psiquiatra) para o controle da dosagem e seus efeitos no organismo.
Estudos vêm mostrando que os tratamentos da depressão citados acima estão trazendo resultados surpreendentes na recuperação de muitos pacientes. Quem tem competência em dizer qual dos tratamentos é o mais recomendado para a pessoa é o psiquiatra ou o psicólogo, que farão uma avaliação detalhada de cada caso e iniciarão ou não um tratamento específico para aquela pessoa.
Matéria publicada na revista Vox Scientiae NJR-ECA/USP.
Palavras-chave: Depressão, Tristeza, Desanimo, Psicólogos, Neuropsicólogos, Tratamento.